Condição caracterizada por uma alteração dos istmos vertebrais pode ser tratada de forma conservadora ou cirúrgica
Espondilólise é o nome dado a uma falha estrutural que pode ocorrer nos istmos vertebrais, estruturas que conectam as partes anterior e posterior das vértebras. Essa falha é mais comum na coluna lombar e se apresenta como uma descontinuidade entre a frente e a parte de trás da vértebra afetada. Por esse motivo, é também chamada de lise dos istmos.
A espondilólise pode ficar assintomática por muitos anos. No entanto, ao não ser descoberta e tratada adequadamente, pode evoluir para uma fratura vertebral grave ou mesmo para a espondilolistese, um problema caracterizado pelo escorregamento de uma vértebra sobre outra.
Por esse motivo, é muito importante conhecer os principais fatores de risco e os processos que levam ao estabelecimento do tratamento da espondilólise mais adequado para cada paciente. Uma vez bem determinado e realizado, o tratamento pode possibilitar boas perspectivas de qualidade de vida.
Entenda, neste conteúdo, os fatores de risco, critérios diagnósticos e quais são os principais métodos de tratamento da espondilólise. Boa leitura.
Quais são os fatores de risco da espondilólise?
Estima-se que de 4% a 6% da população possa ter espondilólise, embora a maior parte dos casos seja assintomática. Apesar de não ter uma causa específica, a prática constante de atividades físicas e profissões com tensão sobre a coluna vertebral são alguns dos principais fatores de risco.
Com relação à idade, adolescentes e pessoas idosas têm maior risco de desenvolver espondilólise do que pessoas adultas em geral. Entretanto, a doença pode ser diagnosticada também em crianças, principalmente quando há predisposição genética para seu desenvolvimento.
Como o diagnóstico é realizado?
O primeiro passo para o estabelecimento de um bom tratamento da espondilólise é o diagnóstico, que deve ser realizado por um médico especialista em coluna. Esse processo começa com a análise da história clínica do paciente, que pode relatar sintomas como:
- Dor intensa e que piora com atividades físicas;
- Dor ciática;
- Dor lombar com irradiação para os glúteos ou membros inferiores;
- Lordose;
- Alterações neurológicas.
Após a análise dos sintomas (que podem nem mesmo ocorrer) e dos fatores de risco, é realizado, também, um exame físico do paciente. Em seguida, são solicitados exames de imagem, como raio-x e ressonância magnética, com os quais é possível confirmar visualmente o diagnóstico e a gravidade da espondilólise.
Diagnóstico e tratamento especializado com o Dr. Gustavo Agra!
Qual é o tratamento da espondilólise?
Uma vez que o diagnóstico é positivo e há uma noção de sua gravidade, o médico especialista em coluna pode elaborar o método de tratamento da espondilólise mais adequado para o paciente. A maior parte dos casos começa com abordagens conservadoras que podem evoluir para a cirurgia.
Tratamento da espondilólise conservador
O tratamento da espondilólise por métodos conservadores é incialmente indicado à maioria dos pacientes com a doença sem fatores de gravidade, ou seja, que não tenham sintomas, ou que apresentem sintomas leves, ou que não tenham complicações como fraturas vertebrais e espondilolistese.
Nesses casos, a principal indicação é a de mudança de hábitos, que pode se destacar pela manutenção do peso corporal adequado, ajuste da prática de atividades físicas e reeducação postural. Em muitos casos, esses ajustes são suficientes para evitar o surgimento de sintomas e o agravamento da condição.
Em alguns casos sintomáticos, o tratamento da espondilólise pode incluir, também, sessões de fisioterapia e uso de medicamentos — analgésicos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares, por exemplo — para aliviar os sintomas. O uso de acessórios, como os coletes, também pode ser indicado.
Tratamento da espondilólise cirúrgico
Quando o tratamento da espondilólise com métodos conservadores não tem bons resultados ou nos casos em que a doença é grave, causa complicações ou é incapacitante, é recomendado que o paciente seja submetido a uma intervenção cirúrgica.
A principal finalidade da cirurgia como tratamento da espondilólise é a reconstrução dos istmos em lise com o auxílio de enxertos ou próteses. Esse processo é importante para promover a fixação das partes anterior e posterior da vértebra e evitar que a lise se agrave.
O tratamento da espondilólise pode também incluir o processo de descompressão de nervos que podem ser afetados pelo problema, aliviando diversos sintomas. Além disso, em alguns casos, como na espondilolistese ou nas deformidades da coluna vertebral causadas pela espondilólise, pode ser necessária a realização de uma artrodese de coluna (fusão vertebral) para realinhar as vértebras.
Onde realizar o tratamento da espondilólise?
Médicos especialistas em coluna vertebral são os mais indicados para realizar o diagnóstico e o tratamento da espondilólise. No caso da cirurgia, é muito importante que o médico também seja cirurgião ou neurocirurgião.
O Dr. Gustavo Agra é neurocirurgião especialista em coluna. Com experiência de mais de 20 anos nesse tipo de tratamento, prioriza, em sua clínica, pelo atendimento humanizado, que compreende todas as demandas de seus pacientes.
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