Saiba quais são as malformações congênitas da coluna, seus tipos e causas. Descubra os sintomas, as formas de diagnóstico e as opções de tratamento disponíveis.
As malformações congênitas da coluna são anomalias estruturais presentes desde o nascimento, com uma prevalência que varia entre 30% e 70% na população.
Para compreender melhor tais condições, este artigo aborda as causas, os fatores de risco, os tipos, os sintomas e as opções de tratamento para as malformações congênitas da coluna.
Além disso, vamos falar sobre o diagnóstico e os cuidados necessários para cada caso. Leia mais e saiba tudo sobre o assunto!
O que são malformações congênitas da coluna?
Malformações congênitas da coluna são anomalias estruturais presentes desde o nascimento. Elas afetam a forma e o funcionamento da coluna vertebral e podem gerar dificuldades ao longo da vida. Tais condições podem ser notadas logo após o nascimento ou diagnosticadas posteriormente.
Quais são as causas e os fatores de risco dessas condições?
As malformações congênitas da coluna são causadas por problemas que ocorrem durante a formação do feto, no início da gestação. A principal causa está no fechamento do tubo neural, processo que ocorre por volta do 28º dia de gestação.
Se esse fechamento não acontece de forma adequada, podem surgir condições como mielomeningocele, raquisquise e meningocele, que são disrafismos espinhais abertos.
Por outro lado, o fechamento do tubo neural pode ocorrer corretamente, mas problemas surgem nas fases seguintes da formação do sistema nervoso.
Nesse caso, o tubo neural não se separa das estruturas ao redor, o que resulta em disrafismos espinhais ocultos ou fechados, como lipomielomeningocele, medula ancorada, sinus dérmico e diastematomielia.
Fatores de risco
Fatores genéticos e ambientais têm sido identificados como riscos para o desenvolvimento de malformações congênitas da coluna.
A exposição à radiação, o uso de medicamentos e o consumo de álcool e drogas durante a gestação podem aumentar as chances de o feto desenvolver essas condições.
Tipos mais comuns de malformações congênitas da coluna
Entre as malformações congênitas da coluna mais comuns, estão: cifose congênita, escoliose congênita, mielomeningocele, disrafismo espinhal e as condições conhecidas como lombarização e sacralização. Confira cada uma delas acompanhando a leitura.
Cifose congênita
A cifose congênita é caracterizada por uma curvatura acentuada na parte superior da coluna, geralmente na região torácica. Em casos graves, a cifose congênita pode levar a limitações na mobilidade e comprometer a função pulmonar.
Escoliose congênita
Na escoliose congênita, as vértebras se formam de maneira irregular, o que gera uma curvatura lateral da coluna. A gravidade da escoliose congênita varia, podendo impactar a postura, a respiração e o equilíbrio corporal.
Mielomeningocele
A mielomeningocele é uma malformação grave em que o tubo neural não se fecha completamente durante o desenvolvimento fetal. Essa falha resulta na exposição da medula espinhal e das meninges.
Além de provocar deformidades na coluna, essa condição está associada a complicações neurológicas, como perda da sensibilidade e da mobilidade nas extremidades inferiores.
Disrafismo espinhal
O disrafismo espinhal é um termo usado para descrever várias anomalias na formação da coluna vertebral. Uma das formas mais conhecidas é a espinha bífida, em que há uma abertura na coluna que pode expor a medula espinhal.
Lombarização e sacralização
A lombarização e a sacralização envolvem alterações no número e na estrutura das vértebras lombares ou sacrais. Na lombarização, uma vértebra sacral assume características de vértebra lombar.
Já na sacralização, uma vértebra lombar funde-se ao sacro. Ambas podem alterar a biomecânica da coluna, levando a dores lombares e dificuldades de movimento.
Principais sintomas das malformações congênitas da coluna
As malformações congênitas da coluna podem apresentar diferentes sintomas, dependendo do tipo, da gravidade e da presença de complicações associadas.
Cifose congênita
Os sintomas mais comuns da cifose congênita são:
- Protuberância visível na parte superior das costas;
- Limitação de movimentos, especialmente em casos mais graves;
- Dor ou desconforto na região afetada.
Escoliose congênita
Na escoliose congênita, é possível identificar:
- Assimetria no alinhamento dos ombros, dos quadris ou das costelas;
- Curvatura anormal visível, que pode progredir com o tempo;
- Dor nas costas, mais comum em casos avançados ou associados a outras condições.
Mielomeningocele
Os sinais de mielomeningocele incluem:
- Protuberância evidente nas costas, onde a medula fica exposta;
- Paralisia ou fraqueza nos membros inferiores;
- Alterações na sensibilidade das pernas e dos pés;
- Problemas de controle da bexiga e dos intestinos;
- Possibilidade de complicações como hidrocefalia.
Disrafismo espinhal
O disrafismo espinhal engloba condições como a espinha bífida. Entre os sintomas, estão:
- Abertura na pele ou protuberância nas costas, dependendo da gravidade;
- Deficiências neurológicas, com impacto na mobilidade dos membros inferiores;
- Dificuldades no controle da bexiga e do intestino.
Em casos leves, o disrafismo espinhal pode ser assintomático e identificado apenas por exames de imagem.
Lombarização e sacralização
Os sintomas da lombarização e da sacralização podem ser:
- Dor localizada na região lombar, agravada por atividades físicas intensas;
- Rigidez ou desconforto ao movimentar a coluna;
- Alterações anatômicas visíveis apenas em exames radiológicos.
Como o diagnóstico é realizado?
O diagnóstico das malformações congênitas da coluna começa com a avaliação clínica feita por um médico especializado em coluna. Esse processo combina análise clínica, exames de imagem e exames neurológicos.
A identificação precoce dessas condições é essencial para planejar o melhor tratamento e evitar complicações no futuro.
Opções de tratamento cirúrgico e não cirúrgico
As malformações congênitas da coluna exigem tratamentos adaptados à gravidade da deformidade, à idade do paciente e às complicações associadas. Em situações graves ou progressivas, pode ser necessário realizar uma cirurgia para corrigir a coluna ou amenizar sintomas intensos.
Já nos casos leves ou moderados, opções não cirúrgicas podem ser eficazes. O monitoramento regular, com exames físicos e de imagem, é necessário para acompanhar o avanço da deformidade.
A fisioterapia também é importante, pois fortalece a musculatura, melhora a postura e, consequentemente, reduz as dores.
Precisa de orientação para tratar malformações congênitas da coluna? O Dr. Gustavo Agra, cirurgião de coluna, está pronto para ajudar. Agende sua consulta hoje mesmo!
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