Procedimento minimamente invasivo é indicado para tratar dores crônicas provenientes da articulação facetária
A rizotomia percutânea por radiofrequência é um método moderno, seguro e minimamente invasivo para tratar dores crônicas na coluna. Basicamente, o tratamento funciona por meio de um aparelho de radiofrequência que transmite energia a uma microagulha com eletrodos conectados à pele para desativar os nervos que transmitem o estímulo da dor, causando alívio ao desconforto do paciente.
Seu uso é mais frequente para tratar dor proveniente da articulação facetária lombar ou cervical por conta do processo de desgaste articular. As facetas, também chamadas de processos articulares, têm o papel de unir uma vértebra à outra e permitir a movimentação da coluna. Desse modo, as vértebras da coluna são unidas pelo disco intervertebral na parte da frente e pelas facetas na parte de trás, formando a articulação.
As facetas são inervadas por ramos dos nervos espinhais, os ramos mediais, que transmitem a sensação de dor quando há um processo de degeneração articular no local. A rizotomia percutânea por radiofrequência atua exatamente nesses ramos mediais para eliminar a dor sentida pelo paciente.
Conheça mais detalhes sobre o procedimento na leitura abaixo.
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Em quais casos é indicada a rizotomia percutânea por radiofrequência?
A rizotomia percutânea por radiofrequência é uma opção para pacientes com dor crônica na coluna que não tiveram sucesso no tratamento conservador à base de medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos, fisioterapia, RPG, acupuntura, entre outros.
O procedimento também pode ser uma alternativa para trazer alívio temporário da dor para pacientes que possuem indicação cirúrgica, mas não tiveram condições clínicas para realizar uma intervenção mais invasiva no momento.
As principais condições que podem receber a recomendação do procedimento são:
Dor crônica na coluna
A dor crônica na coluna pode ser definida como uma dor persistente por mais de seis semanas. Geralmente, as causas são multifatoriais e podem surgir como consequência de:
- Eventos traumáticos;
- Má postura;
- Excesso de movimentos repetitivos que exigem esforço físico;
- Alterações degenerativas na coluna;
- Fatores genéticos.
Artrite facetária
A artrite facetaria é o processo inflamatório das facetas associado ao desgaste da articulação, que causa dor e limitação dos movimentos articulares.
Estenose espinhal
Caracterizado pelo estreitamento do canal da medula espinhal, o problema pode exercer pressão sobre os nervos localizados no interior da coluna vertebral e causar dor. A estenose pode ocorrer na região cervical e lombar, e está associada ao desgaste da coluna por conta do envelhecimento.
Como se preparar para a rizotomia por radiofrequência?
A rizotomia percutânea por radiofrequência é um procedimento seguro e minimamente invasivo que exige cuidados simples. É preciso fazer jejum de 8 horas antes da intervenção e chegar ao hospital com antecedência, de posse dos exames de imagem solicitados pelo médico.
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Rizotomia por radiofrequência: como é realizada?
Apesar de a rizotomia percutânea por radiofrequência não necessitar de cortes, a intervenção é realizada em centro cirúrgico, porque o procedimento é guiado por radioscopia. Esse aparelho transmite imagens de raio-x do local tratado em tempo real para o cirurgião observar exatamente o ponto de inserção das agulhas.
O paciente recebe anestesia local e uma leve sedação durante a intervenção. O neurocirurgião posiciona as agulhas na pele até alcançar os ramos mediais dos nervos recorrentes das articulações facetárias responsáveis por causar a dor. As agulhas possuem eletrodos que são conectados ao aparelho de radiofrequência, que aplica a energia térmica quando a agulha entra em contato com o nervo-alvo. O calor provoca uma lesão controlada, desativando os pequenos ramos nervosos que transmitem a sensação de dor ao cérebro.
Todo o processo é extremamente preciso e controlado digitalmente, o que garante que apenas o nervo sensitivo responsável pela dor seja destruído, preservando os demais nervos responsáveis pela movimentação e sensibilidade do paciente.
Como é o pós-procedimento?
O paciente pode retornar para casa no mesmo dia e já pode iniciar os cuidados relativos à recuperação. No geral, o pós-procedimento é bem tranquilo, e o paciente necessita apenas de alguns dias de repouso antes de retornar às suas atividades de rotina.
O paciente já consegue notar uma melhora imediata da dor, mas esse alívio é mais intenso depois de alguns dias. Os efeitos da rizotomia percutânea por radiofrequência costumam durar cerca de seis meses a um ano, mas isso pode variar de paciente para paciente.
Após a rizotomia, é importante planejar um tratamento complementar de reabilitação e fisioterapia para manter a saúde da coluna vertebral e prevenir problemas futuros.
Benefícios da rizotomia por radiofrequência
A melhora rápida da dor e a restauração das funções da coluna são os principais benefícios resultantes da rizotomia percutânea por radiofrequência. Dessa forma, o paciente consegue ter mais qualidade de vida na realização das suas atividades diárias.
Além disso, os benefícios relacionados ao procedimento são:
- Tratamento minimamente invasivo e sem cortes;
- Baixíssimo risco de complicações e efeitos colaterais;
- Não requer período de internação;
- Aparelho de alta tecnologia, que proporciona uma intervenção precisa e segura.
Há riscos ou contraindicações?
Como já dissemos, a rizotomia é realizada sem cortes e somente com anestesia local e sedação, características que contribuem para o baixo risco de complicações. Ainda assim, os riscos mais comuns são infecções, vermelhidão no local de inserção das agulhas, febre e, mais raramente, fraqueza muscular.
As contraindicações também são poucas, sendo as principais:
- Transtornos na medula;
- Gravidez;
- Infecções ativas;
- Coagulopatia.
Onde realizar a rizotomia percutânea por radiofrequência?
Outro fator que minimiza consideravelmente os riscos relacionados à rizotomia percutânea por radiofrequência é a experiência e conhecimento do médico e de sua equipe. O Dr. Gustavo Agra é neurocirurgião com mais de 20 anos de experiência em tratamentos de alterações na coluna e com diversas especializações na área.
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Fontes: